Um novo projeto de mega resort integrado com cassino na cidade de Caldas Novas (GO) pode alavancar o turismo regional. O negócio, ainda em etapa de planejamento, depende da aprovação no Congresso do Projeto de Lei 2234/22, também conhecido como PL dos Cassinos.
A medida, que libera cassinos e outros jogos físicos no país, foi aprovada na Câmara dos Deputados em 2022 e na Comissão de Constituição e Justiça do Senado neste ano. O ministro do Turismo, Celso Sabino, já defendeu a proposta publicamente.
Mário Guardado, consultor de cassinos, palestrante e articulador político, explicou que a iniciativa pode gerar emprego e renda para a região de Caldas Novas. Conforme ele, a instalação do empreendimento busca não apenas aumentar a oferta turística, bem como apresentar novas oportunidades de trabalho e desenvolvimento.
O conceito de resorts integrados, que mescla hospedagem, entretenimento e jogos, está chegando ao Brasil, com Caldas Novas despontando como um dos possíveis polos. O consultor do projeto ressaltou que “o investimento estrutural é apenas o começo. Cada emprego direto pode gerar até três indiretos”.
“Empresas de marcenaria, elétrica, jardinagem e outras áreas relacionadas têm a chance de prosperar com a demanda gerada pelo resort. Essas empresas frequentemente se tornam parceiras, fornecendo serviços contínuos e criando um ciclo econômico sustentável”, acrescentou.
Além disso, a questão ambiental é uma das prioridades.
“Todo grande projeto deve começar com um planejamento ambiental rigoroso. Em Caldas Novas, por exemplo, a questão do congestionamento e a necessidade de estacionamento são prioridades a serem tratadas”, afirmou.
Detalhes do projeto de cassino em Caldas Novas
De acordo com Guardado, a iniciativa contempla sistemas avançados de monitoramento para assegurar a integridade da operação e o bem-estar dos participantes.
“A segurança deve ser robusta, com sistemas de monitoramento que garantam a integridade das operações e a proteção dos funcionários e visitantes. Além disso, a biometria e a tecnologia avançada são usadas para manter um controle rigoroso.”
Outro ponto levantado foi a necessidade de oferecer treinamento para que os funcionários possam reconhecer comportamentos de jogo excessivo. “Os cassinos irão implementar programas de treinamento para detectar sinais de comportamento compulsivo”, diz ele.
“Além disso, haverá uma colaboração com órgãos governamentais para garantir que uma porcentagem dos impostos gerados seja destinada a ajudar pessoas com problemas relacionados ao jogo.”
Conforme o planejamento, o cassino será o último elemento do empreendimento a ser construído. “A construção começará com as partes do resort que não incluem o cassino, como hotéis e centros de convenções”.
Contudo, o resort também poderá fornecer a experiência de apostas em esportes “em plataformas online separadas dos cassinos físicos para evitar conflitos”, diz Guardado.
“A legalização vai permitir uma supervisão mais rigorosa e a detecção de práticas irregulares. Os requisitos são claros e rigorosos, com valores significativos para as licenças, como R$100 milhões para cassinos e R$30 milhões para apostas esportivas”, complementou.
Por fim, Mário Guardado reforçou que a operação será ajustada à infraestrutura existente. “Queremos que o empreendimento beneficie a todos e traga progresso para a cidade de maneira responsável”, concluiu.
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