Visto
Nem o superfaturamento foi capaz de segurar o asfalto de Caldas Novas. Contratadas por quase R$ 40 milhões da Prefeitura, as obras de pavimentação realizadas pela Ferrari Engenharia Ltda. — com direito a aditivos gordos e projeto básico considerado “deficiente” pelo TCM-GO — já cederam diante das chuvas de 2024.
O que era para ser solução, virou cratera. Ruas recém-asfaltadas no Jardim Belvedere, Caminho do Lago e Mansões Recanto da Serra estão tomadas por buracos e remendos. A promessa de drenagem urbana que justificou a bolada paga pela prefeitura nunca apareceu na prática.
Enquanto isso, o Tribunal de Contas dos Municípios confirmou: houve superfaturamento de R$ 365,4 mil, pagos por serviços que não foram executados ou que ficaram muito aquém da qualidade prevista. A Tomada de Contas Especial já está aberta e atinge o prefeito Kleber Marra, o projetista Walter Brancaccio Faina, o engenheiro fiscal Vinícius Tadeu Boldrin de Mello e a própria empreiteira.
O mais revoltante: além de pagar caro por um serviço que não resistiu nem a uma estação de chuvas, o contribuinte agora terá de esperar para ver se o dinheiro volta aos cofres públicos. O TCM recomendou que o prefeito cobre a devolução do valor superfaturado, mas, até lá, quem paga a conta — e desvia das crateras — é a população.
Resumo da novela: superfaturaram, o asfalto não resistiu, o dinheiro sumiu e o povo ficou com a lama.
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