O Governo Federal, por meio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, intensificou as ações da Defesa Civil Nacional nos 62 municípios amazonenses prejudicados pela forte estiagem e incêndios florestais. A pasta escalou uma equipe do Grupo de Apoio a Desastres (Gade) para oferecer apoio estratégico e operacional ao governo do Amazonas, buscando mitigar os impactos causados pelas mudanças climáticas na região. Além disso, outras duas equipes foram enviadas ao Pará.
Para o secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, a prioridade é garantir que a população afetada pela estiagem e pelos incêndios, especialmente as comunidades mais isoladas, receba o suporte necessário de forma rápida e eficaz. “Estamos mobilizando todos os recursos possíveis para minimizar os impactos dessa crise e salvar vidas. A integração entre os entes federativos é fundamental para que possamos enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas com mais eficiência”, afirmou o secretário.
No Amazonas, a equipe vem realizando reuniões com os principais órgãos do governo estadual, incluindo secretarias de Saúde, Segurança e Meio Ambiente, com foco em identificar as necessidades mais urgentes. As demandas incluem ajuda humanitária, fornecimento de equipamentos de proteção individual, apoio logístico para atender as comunidades mais remotas, entre outras.
DESAFIOS — Um dos principais desafios enfrentados pela equipe é a logística envolvida na prestação de assistência aos locais mais remotos e de difícil acesso, como comunidades ribeirinhas e povos originários que vivem em áreas de preservação. Como a estiagem afetou severamente os rios, muitos trechos estão completamente secos, dificultando a chegada de suprimentos e apoio por hidrovias.
Diante do cenário, o Gade está apoiando a articulação e a coordenação das ações com diferentes esferas do governo, além de trabalhar em conjunto com organizações locais.
PARÁ – Duas equipes do Gade também foram mobilizadas para prestar apoio aos municípios do Pará. Uma vai atuar em Belém e nas cidades vizinhas e a outra foi deslocada para Santarém, que sofre com a redução drástica dos níveis dos rios Tapajós e Amazonas, essenciais para a vida econômica e social da região. A equipe chegou ao município para alinhar as estratégias de resposta ao desastre e realizar visitas a diversas comunidades afetadas pela estiagem.
ARTICULAÇÃO COM ENTES — Em reuniões com autoridades locais, como o prefeito de Santarém, Nélio Aguiar, e o secretário de governo do estado, João Pingarilho, foram discutidas medidas emergenciais para minimizar os danos e prejuízos à população. Entre as ações previstas, estão o fortalecimento da articulação entre os sistemas estadual e municipal de Proteção e Defesa Civil e o apoio na captação de recursos federais, necessários para enfrentar o desastre e acelerar a resposta.
Além de Santarém, a Defesa Civil Nacional atua prestando assistência aos demais municípios paraenses impactados pela estiagem. O esforço conjunto busca não apenas atender às necessidades imediatas, mas também estabelecer um plano de ação contínuo que possa reduzir o sofrimento das populações afetadas e garantir maior resiliência frente aos eventos climáticos futuros.
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