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Discurso do presidente Lula durante Fórum Empresarial Brasil-México
Transcrição do discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante Fórum Empresarial Brasil-México, em 30 de setembro de 2024

Amigos e amigas, empresários brasileiros, empresárias brasileiras, empresários mexicanos e empresárias mexicanas. Amigos da imprensa, amigos que me acompanham nessa viagem ao México. 

Eu, primeiro, queria agradecer, Jorge e Ana, à Apex e à Confederação Nacional da Indústria e ao Conselho Empresarial Mexicano do Comércio Exterior, Investimento em Tecnologia, pela organização desse fórum. É sempre muito importante a gente fazer o reconhecimento das coisas que são bem feitas, das coisas que garantem mais produtividade e mais negócio para o futuro, e das coisas que as pessoas fazem com um pouco de amor, porque acreditam naquilo que estão fazendo. Então, meus parabéns a vocês que organizaram este encontro. 

E dizer para vocês que é uma satisfação retornar ao México pela sexta vez como presidente da República e três vezes sem ser presidente da República. Então, é a nona vez que eu visito o México. Não é pouca coisa, porque não é habitual um presidente viajar tanto um país. E eu sou muito grato à relação de amizade com empresários, com sindicalistas, com políticos, com partidos e com o movimento social que eu fiz no México. Sou muito grato por isso. E, portanto, é uma alegria imensa estar aqui. 

O problema de um presidente da República ler um discurso, como normalmente ele é o último a ler um discurso, ou seja, tudo que está colocado aqui, inclusive os números, já foi dito pelo empresário mexicano que falou e pelo Jorge Viana. Que nós somos as duas maiores economias da América Latina, que nós exportamos US$ 8,5 bilhões, importamos US$ 5,5 bilhões, que o nosso fluxo chegou a US$ 14 bilhões e um pouco mais, que nós vencemos 340 milhões de habitantes, que a nossa economia é quase US$ 4 trilhões e maior do que a da Alemanha. Tudo isso já foi dito e tudo isso está aqui no meu discurso. Então, eu não vou repetir esses números para vocês. 

Eu queria dizer para vocês que a minha alegria de estar aqui e a minha alegria de não ler o discurso é que entre sair daqui com a imagem desse papel frio e sair daqui com a imagem do rosto de vocês, eu prefiro olhar para o rosto de vocês e dizer algumas palavras que eu sinto vontade de dizer. 

Vocês sabem que não é a primeira vez que eu sou presidente do Brasil. Eu voltei pela terceira vez para governar o meu país e, graças a Deus, eu tive muita sorte nos meus dois primeiros mandatos e, graças a Deus, eu estou tendo sorte no meu terceiro mandato. 

Eu sempre compreendi que economia não tem mágica. Você não inventa a economia, você não dá um cavalo de pau como se estivesse em um carro, em uma autopista, em um país do tamanho do México e, muito menos, você dá um cavalo de pau em uma economia do tamanho do Brasil. 

É preciso que a gente tenha, primeiro, sensibilidade política de como que a gente vai dirigir os acontecimentos que nós queremos que aconteçam no México e no Brasil. E eu defini algumas coisas na minha vida. Primeiro, eu não sei se vocês estão lembrados, a primeira coisa que nós conseguimos aprovar no meu governo, nesse terceiro mandato, foi um arcabouço fiscal. Porque era preciso garantir ao povo brasileiro, ao mercado e ao mundo que a gente iria ter muita responsabilidade fiscal. 

Depois, eu defini que a gente precisaria ter estabilidade econômica. Para que a gente tivesse estabilidade fiscal, estabilidade econômica, a gente precisaria ter estabilidade política. Para que a gente tivesse esses três, a gente precisaria ter um quarto componente, que é estabilidade social. E para ter todas essas quatro coisas, era preciso ter uma quinta, que era estabilidade jurídica.

E a última era que a gente tivesse um governo com muita previsibilidade, que ninguém fosse pego de surpresa com medidas feitas nas caladas da noite. Uma conversa muito franca com empresários brasileiros, com empresários de outros países, para que a gente pudesse oferecer ao Brasil a serenidade e a tranquilidade que o país precisava para ser governado. Vocês sabem que eu voltei à presidência do país e todo mundo achava que o Lula ia voltar muito nervoso para governar o Brasil, pelo que tinha acontecido comigo, pela canalhice que fizeram comigo durante um determinado tempo.

E, quando eu voltei a presidir o país, eu voltei predestinado a deixar o passado de lado e não trabalhar com o fígado, mas trabalhar com o coração e com a cabeça. E uma perspectiva de construir o futuro... Numa perspectiva de construir o futuro com base nas coisas boas que aconteceram no passado, sem levar em conta as coisas ruins que aconteceram. Porque não é possível você governar com o fígado. Não é possível você governar com ódio ou rancor de alguém. Você perde muito tempo para que as coisas aconteçam. E eu precisava construir uma credibilidade a nível internacional do que iria ser o Brasil no terceiro mandato do presidente Lula.

E nós vivemos a seguinte situação. Eu precisava reconstruir o país, porque o país tinha sido semidestruído nas suas instituições. Nós precisamos recriar alguns ministérios, nós precisamos fazer concurso público para colocar o ministério e precisamos reconstruir milhares de obras que tinham sido paradas. 

Só para vocês terem ideia, só em obras de escola e saúde eram 6 mil obras que tinham ficado paralisadas naquele país. Nós passamos 7 anos sem dar um reajuste de salário para alimentação escolar. Nós passamos 7 anos sem aumentar o salário mínimo, que é a parte mais pobre da nossa população. Nós passamos 7 anos sem reajustar a Bolsa de Estudos feita pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, coisa que é muito importante pelo valor da tecnologia, sabe, no desenvolvimento de um país. 

E nós passamos um ano inteiro fazendo isso. E eu tinha encontrado com a diretora-geral do FMI, em janeiro, num encontro do G7 em Hiroshima, e ela, com a certeza absoluta dos grandes burocratas internacionais, ela me disse: "Olha, Lula, a economia do Brasil vai crescer 0,8% esse ano". E eu perguntei: "Com que base você fala isso? Qual é o critério?". Ela falou: "O critério, o estudo, as pesquisas que nós fizemos". "Com quem vocês conversaram? Você precisava ter conversado comigo, ter conversado com o Haddad, ter conversado com as pessoas que fazem parte do governo agora, porque a gente vai crescer mais do que isso, porque a gente precisa crescer mais do que isso". 

E vocês sabem o resultado, nós crescemos 2,9%. Eu, se fosse comerciante, eu diria 3%. Aumentava 0,1% para poder ficar um número exato e mais forte. Mas vocês pensam que com isso o pessimismo terminou? Não. Os mesmos de sempre, resolveram dizer que a economia brasileira iria crescer apenas 0,9%, o máximo era 1,2%. E, agora, todo mundo está surpreso porque a economia brasileira pode crescer 3,5%. Não é um crescimento excepcional porque o Brasil já cresceu a 14% ao ano. O Brasil já cresceu a 10%. Eu deixei a presidência da República em 2010 com a economia crescendo 7,5%. 

Não é um crescimento extraordinário, mas em função da realidade da economia mundial hoje, é um crescimento muito virtuoso e ele é resultado de muito trabalho. E eu queria que os empresários mexicanos compreendessem uma coisa. Eu tenho 70 deputados do meu partido num parlamento de 513. Eu tenho 9 senadores num parlamento de 81. Então, se você analisar apenas do ponto de vista da matemática, eu não poderia ter chance de governar o Brasil, porque a diferença é muito grande.

Vocês viram que um presidente como o Obama quase não conseguiu aprovar nenhum projeto em 8 anos de mandato. E por que nós conseguimos aprovar tudo o que a gente queria? Nós conseguimos aprovar uma emenda constitucional antes de tomar posse, para que a gente pudesse governar o país, porque não tinha dinheiro para governar em 2023. Nós conseguimos aprovar o arcabouço fiscal, que era uma coisa muito difícil.

E nós conseguimos aprovar uma reforma tributária, que era uma coisa sonhada, no mínimo, há 40 anos no Brasil. 

E por que nós resolvemos fazer tudo isso? Para que a gente pudesse oferecer garantia, não apenas aos empresários brasileiros, mas para que a gente pudesse oferecer também garantia aos empresários estrangeiros. E isso nós conseguimos. E essa reunião com empresários, que eu peço para a Apex coordenar, é na perspectiva de convencer os empresários.

Porque o máximo que um presidente da República pode fazer é abrir o portão. Mas quem sabe conversar sobre negócios são vocês. Quem sabe conversar sobre política comercial são vocês. Quem são os donos do dinheiro são vocês. Então, o nosso papel é abrir para que vocês possam conversar. 

E eu quero começar dizendo aos companheiros do México. Eu fico muito feliz, porque em outros debates que eu fiz no México, eu voltava para o Brasil me perguntando: “Por que os empresários mexicanos têm tanta desconfiança do Brasil? Por que os empresários mexicanos têm tanta coisa de desconfiança do empresariado brasileiro?” Eu não conseguia compreender. 

Hoje, eu compreendo, porque eu sei, vendo a fronteira, eu sei a distância do México dos Estados Unidos, eu sei a importância da economia do México para os Estados Unidos e sei a importância da relação comercial entre México e Estados Unidos. Mas isso não impede que os companheiros mexicanos não olhem apenas para o norte. Olhem um pouquinho e vão perceber que tem muitas possibilidades num país chamado Brasil, com 200 milhões de habitantes e com PIB razoavelmente grande e com a participação na economia razoável.

Eu penso que, inclusive, os nossos acordos comerciais precisam ser revistos e refeitos o mais rápido possível para melhorar a vida do México e a vida do Brasil. Eu fico feliz quando eu vejo que um companheiro, a quem eu aprendi a admirar pelo Celso Amorim e pelo companheiro Mauro, que vai ser ministro da economia desse país, só que o ministro da economia aqui cuida de comércio, não cuida muito da economia. E fico muito feliz ainda que meu amigo Lázaro Cárdenas foi escolhido chefe de gabinete da futura presidenta.

Então, o jogo começa muito importante para nós. O jogo começa com uma jogadora, que é extraordinário o fato de você ter eleito uma mulher para presidir esse país. É uma coisa excepcional. E ela está montando um governo que, pelo começo, parece que vai ser um governo comprometido com as melhores práticas do exercício da democracia e da relação plural que o México tem que ter com o mundo, e que o Brasil tem que ter com o México. 

Por isso, eu penso que vocês, companheiros empresários e companheiras, não têm que ter medo. Sentem em volta de uma mesa. Vejam quais são os problemas que dificultam as nossas relações comerciais. E vamos ver se a futura presidenta da República e eu temos sabedoria de fazer com que as mudanças possam beneficiar o povo do México e o povo brasileiro. 

Eu já sou grato ao comportamento do meu companheiro López Obrador. Eu sou muito grato pela facilidade com que ele fez, com que nós abrimos negociação, pela política de combate à inflação que permitiu exportação brasileira para cá. E eu acho que a Cláudia deve, não só ter aprendido com essa prática produtiva, como ela sabe que tem que fazer mais e melhor ainda. Esse é o futuro do sucessor.

Quando eu voltei para a presidência da República, eu tinha na cabeça o seguinte: eu não posso ser pior do que eu já fui. Eu tenho que ser melhor. Eu preciso fazer um governo mais eficaz, um governo mais competente. Não precisava crescer a 7,5% não. O que precisa é crescer. Mas o importante do crescimento é você distribuir de forma equitativa o resultado do crescimento.

Porque o crescimento não é feito apenas pelo governo, pela política do governo, pelos empresários. O crescimento é feito pelo exercício, o sacrifício de milhões de trabalhadores que levantam 6 horas da manhã todo dia, trabalham até 5 horas da tarde e muitas vezes ganham pouco diante das suas necessidades. Esse é o desafio que existe para o México e para o Brasil.

Como a gente vai conseguir criar uma sociedade em que a gente não tenha tanta gente passando muitos dias sem comer, e pouca gente comendo muitos dias? Como é que a gente faz isso? Como é que a gente resolve o problema da pobreza? Eu, inclusive, quero convidar a nossa presidenta Cláudia, quando ela for no G20, no Rio de Janeiro, para que a gente participe da Aliança de Combate à Desigualdade, à Fome e à Pobreza. Porque não tem explicação num país como o México ter fome. Não tem como explicação um país como o Brasil ter fome. 

Nós tínhamos acabado com a fome em 2014. Quando eu voltei agora, tinha 33 milhões de pessoas em situação de fome. Nós já tiramos 24 milhões e meio, em um ano e nove meses. E vamos acabar definitivamente com a fome até 2026. Esse é um compromisso ético, moral, religioso. 

E o potencial da economia mexicana é extraordinário. O potencial da economia brasileira é extraordinário. Eu acho que nós ainda não conseguimos utilizar, sabe, 70% do potencial que nós temos. E, por isso, é que nós precisamos fazer novos acordos. Discutir a fundo, sem medo de discutir. Tendo sempre em conta que uma boa política de relação comercial é uma via de duas mãos. Eu quero vender, mas eu quero comprar.

É preciso que haja um balanço equilibrado, sabe, nessa relação política comercial. Porque ninguém aguenta ter déficit a vida inteira. É preciso que a gente tenha um equilíbrio. E é assim que nós temos que trabalhar. E é por isso que eu faço questão de conversar com os empresários. Porque eu preciso trazer de volta a civilidade na relação política do Brasil, que perdeu a civilidade.

Vocês sabem que o Brasil passou quatro anos no obscurantismo. Ou seja, o Brasil não visitava ninguém, ninguém visitava o Brasil. O Brasil não participava de nada, ninguém ia lá. Uma coisa inexplicável para um país que é a oitava economia do mundo. Para um país que não tem contencioso internacional e nem queremos ter contencioso. 

Por isso, é que eu sou contra a guerra da Rússia e da Ucrânia, porque a guerra não traz absolutamente nenhum benefício a ninguém. O que ela vai trazer é o resultado do benefício da reconstrução de coisas que já estavam construídas e a gente não consegue trazer de volta as vidas destruídas. 

É, por isso, que eu sou contra e condeno o que Israel está fazendo no Líbano agora, atacando e matando pessoas inocentes, porque só aparecem nos jornais os líderes que eles querem matar, mas as pessoas inocentes que morrem não aparecem. É, por isso, que eu sou contra a chacina na Faixa de Gaza, porque já morreram mais de 41 mil mulheres e crianças. E depois você vai ter que reconstruir o que levou séculos para ser construído.

Então, a guerra é a prova da insanidade do ser humano. A guerra é a prova da incapacidade civilizatória de um cidadão que acha que ele pode, sabe, na explicação de que tem que se vingar de um ataque, fazer matança desnecessária com pessoas que não entendem como se defender. Então, o Brasil quer ser uma zona de paz. O meu país não precisa de guerra, não precisa de conflito. Se precisar, eu faço 10 reuniões, 20, 30 reuniões, para que a gente possa chegar a um denominador comum, porque é isso que vai ajudar o nosso crescimento.

México já tem 500 anos, Brasil já tem 500 anos, acho que está na hora da gente virar economia altamente desenvolvida. Nós temos base intelectual nas nossas universidades, nós temos ciência e tecnologia. O que nós precisamos é acreditar em nós e definir o que tamanho que a gente quer ser. Qual é o tamanho que o México quer ser? Qual é o tamanho que o Brasil quer ser? 

E a gente não ficar, muitas vezes, achando que tudo que é ruim no nosso país depende do passado, ou depende, sabe, da nossa elite, ou depende da elite dos Estados Unidos ou da China, não. Muitas coisas dependem de nós, está a nosso alcance, está na nossa disposição. Vamos nos abrir, sentar em uma mesa e discutir: o que é bom para o México e o que é bom para o Brasil? O que pode fazer a economia do México crescer, a economia do Brasil crescer? O que eu posso vender, o que eu posso comprar?

Fazer da forma mais aberta possível, para que a gente consiga se transformar, não apenas em uma economia de 4,5 trilhões de dólares, mas uma economia de 5 ou 6 trilhões de dólares. A gente não ficar só olhando o crescimento da China e o crescimento dos Estados Unidos, e a gente ficar esperando se vai ter uma nova Guerra Fria. Não! Eu não quero brigar com os Estados Unidos, eu não quero brigar com a China, eu não quero brigar com a Índia, eu não quero brigar com ninguém.

Eu quero é fazer negócio, eu quero é crescer economicamente, eu quero que as nossas indústrias cresçam, eu quero que a nossa agricultura cresça, eu quero que a gente invista, Brasil e México, na construção de uma inteligência artificial que possa resultar em benefícios econômicos para nós, para nossas mulheres, para nossas crianças, para o nosso futuro. Isso está nas nossas mãos. Nós temos inteligência suficiente para isso.

Então, queridos companheiros e companheiras, permitam-me chamá-los assim. Queridas companheiras e companheiros, eu acho que nós dependemos muito de nós mesmos. Se vocês conseguiram ser na vida empresários bem-sucedidos, se vocês conseguiram crescer, se vocês conseguiram gerar emprego, se vocês conseguiram gerar riqueza, eu acho que agora nós temos que assumir o compromisso. Nós temos, agora, que gerar uma maior, uma maior irmandade entre Brasil e México. O Brasil olhar mais para o México e o México olhar para mais Brasil. Se nós fizermos isso, eu tenho certeza que o futuro estará assegurado.

No Brasil, eu me queixo muito porque eu não quero que tenha prevalência de um setor sobre o outro. Muitas vezes, você leva para uma reunião um setor que não é o setor mais otimista naquela relação, que não é o setor que tem mais negócio, e ele vai para uma reunião otimista. Eu, agora, quando eu quero fazer reunião, eu peço para o meu pessoal: só leve quem for favorável. Quem for contra, fica aqui. Porque se você faz uma reunião para aprovar alguma coisa e você coloca alguém que é contra, não vai ter acordo. 

E quero dizer para os companheiros empresários mexicanos, ainda esse ano, se Deus quiser, nós vamos fechar o acordo, Mercosul e União Europeia. Está pronto, e o Brasil está pronto para assinar esse acordo, para ninguém nunca mais falar que é a América do Sul que não quer, que é a América Latina que não quer. E esse acordo da América Latina com o Mercosul pode ser estendido para um acordo da União Europeia com a América Latina. O mundo está precisando disso. A economia está um pouco atrofiada no mundo inteiro. E nós temos mercado para isso. 

O meu compromisso com os empresários brasileiros, eu já falei para eles. A garantia jurídica está lá, a garantia fiscal está lá, a garantia econômica está lá, a garantia está colocada. Agora, o que eu posso oferecer para os empresários brasileiros, eu digo, é consumidor para os produtos que vocês fabricam. Porque se não tiver consumidor, quando você olhar na sua empresa, aquele empresário andando, e você, muitas vezes, acha que o que você paga para ele é muito, não olhe ele como seu empregado, olhe ele como seu consumidor.

E aí você vai mudar de pensamento e vai dizer: "Não, eu tenho que pagar bem para ele, porque eu preciso que ele compre o produto que ele fabrica aqui na minha fábrica". E quando ele virar consumidor, tudo vai melhorar no nosso país, no Brasil e no México. 

Por isso, companheiros e companheiras, que Deus coloque a mão poderosa em cima de vocês e faça com que vocês não tenham cisma, nem mexicano ter cisma no Brasil, nem brasileiro ter cisma do mexicano. E façam os negócios que sejam bons para o Brasil, para o México, para as empresas de vocês e para o povo mexicano e brasileiro. 

Um abraço e muito obrigado. 

 
Fundador do Jornal Local 2010, Andreazza Joseph, iniciou sua jornada no ramo da comunicação em 2002, Bacharel em Direito, além de cordelista e multi-instrumentista. Tem um olhar atento para as questões políticas, culturais e sociais de destaque.

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