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1. Semana de Educação Midiática 'mobiliza para a cidadania digital'
3ª Semana Brasileira de Educação Midiática se consolida como um espaço nacional de encontro, diálogo e mobilização pela cidadania digital. Imagem: frame de vídeo da Voz do Brasil
A partir desta terça-feira, 28 de outubro, o Governo do Brasil participa da 3ª Semana Brasileira de Educação Midiática. Com o tema “Mobilizar uma geração para a cidadania digital”, a iniciativa consolida um espaço nacional de diálogo e mobilização para fortalecer práticas que conectem salas de aula, comunidades e ambientes digitais.
A proposta reconhece a urgência de preparar estudantes para um mundo cada vez mais conectado, onde a leitura crítica das mídias, o uso ético das tecnologias e a participação ativa no ambiente online são indispensáveis à formação cidadã.
“Cidadania digital é a capacidade de nós, como cidadãos, interagirmos plenamente no ambiente digital de forma crítica, autônoma, de forma a entender, não só do ponto de vista técnico, como é que a gente usa esse espaços mas, principalmente, do ponto de vista de compreensão, de capacidade de leitura desse ambiente digital, o que está acontecendo nele e de ser pleno, ser um espaço de pleno exercício dos direitos”, afirmou o secretário o secretário de Políticas Digitais da Secom, João Brant, em entrevista à Voz do Brasil. O evento é coordenado pela Secom, em parceria com o Ministério da Educação (MEC) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
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Para o secretário, a mobilização para o tema já apresenta resultados concretos. "Estamos vendo um engajamento muito grande dos estados e municípios nessa agenda", afirmou.
Os debates se estendem até sexta-feira (31/10) com atividades online e presenciais em todos os estados, promovidas por escolas e universidades. Os diálogos vão percorrer temas centrais, como os vínculos entre educação midiática e ambiental e os desafios e oportunidades da inteligência artificial.
CAPACITAÇÃO — João Brant destacou que os educadores brasileiros estão buscando capacitação para esses novos desafios. Como exemplo, mencionou os cursos sobre educação digital e midiática oferecidos pelo Governo do Brasil no ambiente AvaMEC (MEC), que já contam com 340 mil concluintes.
Brant citou, ainda, o avanço de estados na implementação do tema, como o Piauí, que já ganhou prêmio internacional pelo trabalho que faz em relação a inteligência artificial em sala de aula, além de iniciativas na Bahia e em Alagoas, muitas vezes utilizando material de apoio produzido pelo governo e parceiros da sociedade civil, como Palavra Aberta e Redes Cordiais.
“O Governo do Brasil está ajudando para que estados e municípios tenham condição de exercer aquilo que já está na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e transformar a educação digital e midiática em realidade na sala de aula”, ressaltou.
CONFERÊNCIA — Recentemente, o Brasil foi destaque no Global Media and Information Literacy Week 2025, conferência mundial da UNESCO sobre Educação Informacional e Midiática, realizado na Colômbia. Segundo Brant, o País foi reconhecido "como um dos principais países em fase de implementação dessas políticas em alta escala".
AVANÇOS — Entre os avanços que tornaram o Brasil referência, o secretário listou três motivos: a capacidade de formar professores em grande volume com conteúdo robusto, a inclusão do tema no Programa Nacional de Livro Didático (PNLD) em todos os níveis de ensino e as novas diretrizes do Conselho Nacional de Educação (CNE), que orientam a adoção da agenda por todos os municípios e estados até 2026.
COMPROMISSO — Desde 2011, a Assembleia Geral da ONU reconhece a importância do tema ao instituir a Semana Global de Educação Midiática, ressaltando o valor estratégico do acesso a informações factuais e acessíveis. Com a realização da 3ª Semana Brasileira de Educação Midiática, o Brasil reafirma o compromisso no enfrentamento da desinformação, do discurso de ódio e da exclusão digital.
FORTALECIMENTO — O secretário também ressaltou a importância da educação midiática para o fortalecimento da democracia e da liberdade de expressão. "É difícil pensar uma democracia que não tenha ambiente plural, robusto, diverso, de comunicação e informação. E a gente não vai ter um ambiente assim se a gente não tiver cidadãos capazes de exercer a cidadania no ambiente digital, de compreender aquilo que eles estão lendo, vendo, assistindo, mas também de produzir de forma crítica conteúdo", concluiu.
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