1. Brasil atinge menor taxa transmissão de HIV de mãe para filho
A partir de hoje, o Brasil é um dos 20 países do mundo a ter alcançado isso. Isso é uma conquista do SUS, do ativismo, da ciência - Foto: Walterson Rosa/MS
Nos últimos dois anos, o Brasil conseguiu reduzir as taxas de transmissão do vírus HIV de mãe para filho – conhecida como transmissão vertical – e também os casos de infecção em crianças. De acordo com o relatório entregue pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), em 2023, a taxa de transmissão ficou abaixo de 2%, e a incidência da doença em crianças foi menor que 0,5 caso para cada mil nascidos vivos.
"Provamos que o Brasil é o maior país do mundo a ter eliminado a transmissão do HIV da gestante pro bebê. A partir de hoje, o Brasil é um dos 20 países do mundo a ter alcançado isso. Isso é uma conquista do SUS, do ativismo, da ciência e da política pública construída ao longo dessas décadas", celebrou o ministro ao enfatizar que essas conquistas dão energia para atingir outras metas ousadas em relação à infecções sexualmente transmissíveis. "Conquista histórica do SUS!", o ministro escreveu em suas redes sociais.
BRASIL ELIMINA TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV!
Hoje entreguei para a Organização Mundial de Saúde o relatório que comprova que o Brasil eliminou a transmissão do HIV de mãe para filho.
Uma conquista histórica do SUS! pic.twitter.com/mJZFeTPOEP
O documento entregue nesta terça-feira, 3 de junho, durante a abertura do XV Congresso da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis (SBDST), XI Congresso Brasileiro de Aids e VI Congresso Latino-Americano de IST/HIV/Aids, no Rio de Janeiro (RJ). Ele simboliza os avanços do Brasil no controle da transmissão vertical do HIV – transmitida de mãe para bebê durante a gestação, parto e/ou amamentação.
As ações e resultados são reflexo de políticas públicas eficazes, construídas e desenvolvidas pelos governos Federal, estaduais e municipais, em parceria com a sociedade civil, trabalhadores da saúde, cientistas, sociedades de classe e instituições envolvidas com a pauta. O SUS, por exemplo, oferta ampla cobertura de testagem e tratamento universal, em conjunto com as demais medidas de cuidado e prevenção indicadas nos protocolos clínicos.
BRASIL SAUDÁVEL – O pedido de certificação é uma das entregas do programa Brasil Saudável, iniciativa do Governo Federal para eliminação e redução de 14 doenças determinadas socialmente, como a tuberculose, tipos virais de Hepatite, Doença de Chagas e Tracoma, entre outras.
Com o Brasil Saudável, o país se torna o primeiro do mundo a lançar uma política governamental para eliminar ou reduzir as 14 doenças e infecções socialmente determinadas, se alinhando às metas da Organização das Nações Unidas (ONU), estabelecidas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, e aos esforços da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para a eliminação de doenças nas Américas.
MORTALIDADE – Com os investimentos e ações do Ministério da Saúde, a taxa de mortalidade por Aids no Brasil foi de 3,9 óbitos em 2023 – a menor desde 2013. Além disso, em 2023 e 2024, o Brasil registrou mais de 95% de cobertura de pelo menos uma consulta de pré-natal, de testagem de HIV em gestantes durante o pré-natal e de tratamento de gestantes vivendo com HIV e/ou Aids.
Para auxiliar estados e municípios, o Brasil fortaleceu estratégias de prevenção do HIV, como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), que em 2025 atingiu o marco de 184.619 usuários. Distribuída gratuitamente no SUS, a PrEP é uma estratégia essencial na prevenção da infecção pelo HIV, além de ser considerada pelo Ministério da Saúde uma das principais iniciativas para a eliminação da doença como problema de saúde pública até 2030.
>> Confira a apresentação do Ministério da Saúde sobre o tema
Na linha de cuidado materno-infantil para a prevenção da transmissão vertical e a promoção da saúde de gestantes, o Ministério da Saúde expandiu a cobertura das testagens, com a implementação e distribuição de testes rápidos do tipo duo para HIV e sífilis; ele detecta simultaneamente as infecções. A recomendação prioritária é para a testagem de gestantes durante o pré-natal.
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