1. Produção de petróleo e gás natural no Pré-Sal alcança 3,7 milhões de barris e bate recorde no 1º trimestre de 2025
O campo de Tupi foi o principal produtor do país - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
A produção de petróleo e gás natural no Pré-Sal brasileiro registrou recorde em março deste ano, com 3,716 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), o que representa 79,8% da produção nacional total no período. A marca reflete o avanço tecnológico e operacional do setor, especialmente na Bacia de Santos, onde se concentram os maiores volumes extraídos. As informações estão no Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural, divulgado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), nesta segunda-feira, 5 de maio.
"A atividade de coordenação do MME para antecipar as licenças ambientais, junto ao Ibama e à ANP, para entrada de operação de novos FPSOs, mostrou-se acertada, resultando no aumento da produção e da arrecadação da União, dos estados e dos municípios", destacou o ministro da pasta, Alexandre Silveira.
O campo de Tupi foi o principal produtor do país, com média diária de 780 mil barris de petróleo e 39,15 milhões de metros cúbicos de gás natural. Entre as plataformas, a FPSO Sepetiba liderou na produção de petróleo, com 174,5 mil barris por dia, enquanto a FPSO Guanabara teve a maior produção de gás natural, com 11,5 milhões de metros cúbicos diários. Ambas estão instaladas na jazida compartilhada de Mero. O aproveitamento do gás natural também se destacou, atingindo 96,5% de todo o volume produzido, com 46,95 milhões de metros cúbicos por dia disponibilizados ao mercado.
A Petrobras segue como principal operadora do setor, responsável por 90,2% da produção nacional, considerando os campos em que atua sozinha ou em consórcio. Ao todo, a produção do país em março partiu de 6.466 poços, sendo 528 em ambiente marítimo e 5.938 em áreas terrestres.
Acesse a versão completa do Boletim aqui.
ÓLEO, LGN E GÁS – Ainda no primeiro trimestre de 2025, a Petrobras teve um aumento de 5,4% da produção média de óleo, LGN (Líquidos de Gás Natural) e gás natural, que alcançou 2,77 MMboed (barris de óleo equivalente por dia), em função, principalmente, do menor volume de perdas por paradas para manutenções; da melhor eficiência operacional na Bacia de Santos; da entrada em produção do FPSO Almirante Tamandaré, no campo de Búzios; e do ramp-up (aceleramento) do FPSO Marechal Duque de Caxias, no campo de Mero, fatores parcialmente compensados pelo declínio natural de produção.
Neste trimestre, entraram em operação 11 novos poços produtores, sendo 6 na Bacia de Campos e 5 na Bacia de Santos. A Petrobras atingiu, no período, alguns recordes de produção, dentre os quais:
DERIVADOS – As vendas de derivados no mercado interno aumentaram 2,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior, impulsionadas pelo diesel, gasolina e QAV. A companhia registrou 73% de participação do óleo do Pré-Sal na carga processada no parque de refino nesse trimestre, 2 pontos percentuais. acima do quarto trimestre de 2024 e igualando o recorde registrado no terceiro trimestre do ano passado. A elevada participação de óleos do Pré-Sal na carga processada reforça o foco na otimização de uso dessas correntes para produção de derivados de maior valor agregado e diminuição de emissões atmosféricas.
A Petrobras alcançou um elevado rendimento na produção de derivados médios (diesel e QAV) e gasolina, que representaram 69% do volume total de derivados no primeiro trimestre de 2025. Mais dados constam no relatório de produção e vendas da Petrobras, divulgado nesta terça-feira, 29 de abril.
Comments
0 comment