Custo da cesta básica diminui em 24 das 27 capitais do país em agosto

Custo da cesta básica diminui em 24 das 27 capitais do país em agosto

Aracaju teve a cesta mais barata do país no mês, no valor de R$ 558,16, logo à frente de Maceió, que apresentou a maior queda, de 4,10%, na pesquisa feita pelo Dieese e Conab

1. Custo da cesta básica diminui em 24 das 27 capitais do país em agosto

O preço do tomate caiu em 25 das 27 capitais em agosto, com variações entre -26,83%, em Brasília, e -3,13%, em Belém: maior oferta foi responsável pela queda do preço no varejo - Foto: Vitor Vasconcelos/Secom-PR

O valor do conjunto dos alimentos básicos, a chamada cesta básica, diminuiu em 24 das 27 capitais do país no mês de agosto. As quedas mais importantes em relação a julho ocorreram em Maceió (-4,10%), Recife (-4,02%), João Pessoa (-4%), Natal (-3,73%), Vitória (-3,12%) e São Luís (-3,06%). 

A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos é feita mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em parceria com a Central Nacional de Abastecimento (Conab), e monitora o valor dos alimentos que compõem a cesta (12 ou 13, a depender da Unidade da Federação).

A parceria funciona como contribuição à Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional e à Política Nacional de Abastecimento Alimentar. Um dos frutos do trabalho é a ampliação da coleta de preços de alimentos básicos de 17 para as 27 capitais. Os resultados começaram a ser divulgados em julho.

“A cesta básica baixou em 24 das 27 capitais do Brasil. Esse é o resultado do levantamento apresentado pela Conab e pelo Dieese, que agora trabalham em parceria fazendo a medição de preço das 27 Unidades da Federação. Essa notícia mostra o acerto das políticas públicas do Governo do Brasil quando optou em incentivar especialmente a produção de alimentos para o nosso mercado interno. E está aí o resultado, que é extraordinário. Baixou o preço do arroz, baixou o preço do feijão, baixou o preço da carne, baixou o preço do café. E isso mostra que nós estamos no caminho certo”, destacou o presidente da Conab, Edegar Preto.

PREÇO  São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou, em agosto, o maior custo (R$ 850,84), seguida por Florianópolis (R$ 823,11), Porto Alegre (R$ 811,14) e Rio de Janeiro (R$ 801,34). Já nas capitais das regiões Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferenciada, os menores valores médios foram encontrados em Aracaju (R$ 558,16) - a cesta mais barata do país em agosto -, Maceió (R$ 596,23), Salvador (R$ 616,23) e Natal (R$ 622,00).

VARIAÇÃO NO ANO – A cesta básica em Goiânia apresentou em agosto uma variação de 1,85% mais barata em relação ao seu custo no início deste ano. Brasília e Vitória vieram na sequência com quedas de 0,55% e 0,53% em relação ao início do ano.

“Os resultados da Pesquisa referentes a agosto mostram tendência de queda nos preços dos alimentos, o que sempre traz um alívio para o orçamento das famílias brasileiras. Os preços dos alimentos responderam bem às recentes ações implementadas pelo Governo do Brasil”, disse a economista e supervisora das pesquisas de preços do Dieese, Patrícia Costa.

PRINCIPAIS REDUÇÕES EM AGOSTO

TOMATE - O preço do tomate diminuiu em 25 capitais, com variações entre -26,83%, em Brasília, e -3,13%, em Belém. Os aumentos ocorreram em Macapá (9,17%) e Palmas (2,60%). A maior oferta do fruto foi responsável pela queda do preço no varejo.

ARROZ AGULHINHA - O preço médio do arroz agulhinha ficou menor em 25 das 27 cidades pesquisadas, entre julho e agosto de 2025, com destaque para Macapá (-8,78%) e Florianópolis (-5,79%.). Houve aumento em duas cidades: Porto Alegre (0,99%) e Rio Branco (0,95%). A maior oferta fez com que a comercialização do grão ficasse mais lenta, pois os produtores estiveram à espera de melhores preços. No varejo, a tendência foi de queda.

FEIJÃO - O preço médio do feijão diminuiu em 25 das 27 cidades pesquisadas. O tipo preto, pesquisado nas cidades do Sul, no Rio de Janeiro e em Vitória, apresentou queda de preço em todas as capitais, entre as quais se sobressaem Rio de Janeiro (-6,99%) e Vitória (-3,61%). O feijão carioca, cujo valor é coletado nas demais capitais, aumentou apenas em Campo Grande (0,46%) e Teresina (0,18%). As quedas mais importantes foram em São Luís (-5,22%), Belo Horizonte (-4,67%) e Porto Velho (-4,19%). A colheita avançou e a oferta normalizada diminuiu os preços no varejo.

BATATA - Entre julho e agosto, apenas Belo Horizonte (2,62%) registrou aumento no preço da batata. Nas demais capitais, houve diminuição do valor médio, com taxas entre -18,35%, em Florianópolis, e -4,36%, em Curitiba. A maior oferta explicou os decréscimos contabilizados no varejo.

AÇÚCAR - O preço do açúcar diminuiu em 22 capitais entre julho e agosto. As principais reduções foram em Manaus (-5,84%) e Cuiabá (-5,19%). Houve aumento em cinco cidades, com destaque para Campo Grande (2,30%). A baixa demanda interna sustentou a diminuição dos preços, apesar do esforço dos produtores em segurar os estoques.

CAFÉ EM PÓ - O preço do café em pó caiu em 24 das 27 cidades pesquisadas, entre julho e agosto. As variações mais expressivas ocorreram em Brasília (-5,50%), João Pessoa (-4,79%) e Belo Horizonte (-4,75%). As altas foram observadas em Teresina (0,34%) e Fortaleza (0,14%). Em Aracaju, o preço não variou. Mesmo com a colheita abaixo do que se esperava, os preços no varejo foram menores.

CARNE BOVINA DE PRIMEIRA - O valor da carne bovina de primeira diminuiu em 18 capitais, com percentuais entre -3,87%, em Vitória, e -0,12%, em Florianópolis. Em São Luís, o valor médio não variou. Aumentos foram registrados em oito cidades, com destaque para Rio Branco (2,26%) e Campo Grande (2,11%). As exportações de carne cresceram em agosto, apesar do aumento das tarifas norte-americanas, e a oferta de abate foi menor, mas, mesmo assim, algumas cidades apresentaram queda no varejo.

ÓLEO DE SOJA - O preço do óleo de soja subiu em 17 cidades, com oscilações entre 0,11%, em Porto Alegre e João Pessoa, e 2,57%, em Cuiabá. Os valores caíram em outras oito capitais, com destaque para Palmas (-3,10%). Em Goiânia e Macapá, o preço não variou. A demanda externa aquecida elevou o preço do óleo também no varejo.

Andreazza Joseph
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