1. Mais Médicos envia 407 novos profissionais a cidades e territórios indígenas
Os novos médicos vão contribuir para avanços na saúde indígena, como a diminuição das remoções de pacientes no território Yanomami. Foto: Alejandro Zambrana/Sesai
Mais 407 médicos formados no exterior começaram a chegar esta semana a 180 municípios e 15 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), em 22 estados. Eles integram o programa Mais Médicos e concluíram o Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv) no dia 11 de abril.
Os profissionais vão reforçar a atenção primária nas comunidades e ajudarão a reduzir o tempo de espera por atendimento com a utilização do prontuário eletrônico do SUS (e-SUS APS). Os novos médicos também vão contribuir para avanços na saúde indígena, como a diminuição das remoções de pacientes no território Yanomami.
O secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), Felipe Proenço, destacou a importância do Mais Médicos para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para a população brasileira. “Hoje, 12 anos após a criação do programa, é possível ver como ele contribuiu para a redução da mortalidade infantil e para a melhoria do acesso à saúde, que é justamente o papel da atenção primária: atender pessoas com problemas de saúde que poderiam se agravar e demandar hospitalização. O programa evita as hospitalizações e cuida das pessoas perto de suas famílias, junto de suas comunidades”, disse.
MONITORAMENTO — Os médicos passaram por um treinamento específico para atuar em situações de urgência, emergência e enfrentamento das doenças mais comuns nas regiões onde irão atuar, como a malária. O Ministério da Saúde acompanha de perto o trabalho dos profissionais para garantir a eficácia do programa e a qualidade do atendimento. O e-SUS APS é um dos principais instrumentos de monitoramento, com o registro do histórico dos pacientes, que facilita a integração da atenção primária e demais níveis de cuidado.
MAIS MÉDICOS — O Mais Médicos já conta com 24,9 mil profissionais atuando em 4,2 mil cidades brasileiras. O número representa 77% do território nacional e assistência a mais de 64 milhões de pessoas, com meta de alcançar 28 mil médicos até o fim de 2025. Das cidades atendidas, cerca 1,7 mil enfrentam altos níveis de vulnerabilidade social. Em dezembro de 2024, o programa bateu recorde de médicos atuando em Distritos Sanitários Especiais Indígenas, com 601 profissionais nessas regiões.