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Luis Ricardo Miranda diz ter sofrido pressões para compra da Covaxin

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Segundo ministro Onyx, denúncia será investigada pela Polícia Federal

O servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda afirmou ter sofrido pressão incomum de seus superiores no ministério, inclusive nos fins de semana, para finalizar os trâmites de compra da Covaxin, vacina da farmacêutica indiana Bharat Biotech. A compra das vacinas chegou a ser anunciada pelo governo federal em fevereiro, mas o negócio segue em aberto. Luis Ricardo prestou depoimento hoje (25) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia.

De acordo com o depoimento, o chefe imediato no departamento de importação mandava mensagens depois do expediente e nos fins de semana – prática incomum, de acordo com o servidor – alegando que estava em contato com representantes da empresa. Luis Ricardo se sentiu incomodado com a postura da chefia. Diante disso, decidiu comunicar seu irmão, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF).

Em resposta ao relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), o servidor do Ministério da Saúde  afirmou que toda equipe do seu setor ficou desconfortável com a pressão incomum, inclusive diante da falta de documentos. À época, a empresa ainda não havia apresentado o Certificado de Boas Práticas, documento necessário para o procedimento de compra.

Luis Ricardo já havia relatado o caso em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF) no final de março. O depoimento veio a público por meio de veículos de imprensa e a CPI decidiu ouvir o deputado e seu irmão hoje. Aos senadores, o deputado mostrou áudios do irmão, em conversas privadas dos dois, em março.

No áudio, o servidor demonstrou sua suspeita ao irmão. Disse que o ministério negocia milhões de vacinas e insumos, e ninguém nunca havia ligado para ele; nem empresas, nem o secretário-executivo do ministério. Mas neste contrato havia muita gente “em cima, pressionando”. “Aí você já fica com um pé atrás”, disse Luis Ricardo ao irmão em áudio divulgado no depoimento.

Notas fiscais

Luis Ricardo afirmou que foram enviados três invoices – notas fiscais com as especificações da compra. A primeira foi rejeitada pelo servidor, que pediu a correção do número de doses, 300 mil, a retirada da obrigação do pagamento adiantado e a alteração do nome constante no documento.

invoice veio em nome de uma terceira empresa, a Madison, ausente no contrato. A nota não vinha em nome da Bharat Biotech, fabricante da vacina, nem da Precisa, representante da farmacêutica indiana no Brasil.

As pressões exercidas pela chefia do servidor foram para a assinatura da primeira nota, mesmo com os erros, afirmou Luis Ricardo. Ao saber do ocorrido, o deputado federal decidiu contar o caso ao presidente Jair Bolsonaro, para pedir providências. Após a reunião de Luis Ricardo e do irmão com o presidente da República, as notas foram reenviadas, com correções progressivas.

O segundo invoice veio com o número de doses corrigido, mas manteve o pagamento adiantado e o nome da empresa Madison, e incluiu um valor correspondente a frete e seguro, que excedia o valor unitário por dose previsto, de US$ 15. Luis Ricardo disse ter pedido nova correção. O documento com a correção foi enviado no mesmo dia, 23 de março, às 23h.

O servidor do ministério afirmou que a fiscal do contrato autorizou a manutenção da Madison no invoice. A Precisa Medicamentos, segundo ele, informou que a Madison possui o mesmo quadro societário e é encarregada de todas as emissões da farmacêutica. A Precisa estaria providenciando uma declaração, afirmou ele. Mas, de acordo com o servidor, isso não é procedimento padrão. “Normalmente, na execução dos processos realizados na importação, é o fabricante ou o representante dele no Brasil”, disse Luis Ricardo.

Validade

Ele afirmou que houve ruído de informações a respeito da validade da vacina. Os dados a respeito da validade informados pela fabricante não correspondem àqueles obtidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) junto à autoridade sanitária indiana.

“A empresa apresentou o certificado de análise onde continha a data de fabricação, salvo engano outubro e novembro, e foi apresentada à Anvisa uma validade de janeiro de 2023. A Anvisa questionou o porquê de um prazo tão longo, porque ela tem conhecimento da autoridade sanitária da Índia que essa vacina só possui seis meses de validade. Nesse caso, se fossem seis meses a validade, as vacinas venceriam em maio e junho”.

Defesa das acusações

O ministro chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, já havia afirmado, antes mesmo do depoimento de hoje, que a Polícia Federal seria informada sobre o conteúdo das denúncias e que investigaria o caso.

Segundo o ministro, “Não houve favorecimento a ninguém, e esta é uma prática desse governo, não favorecer ninguém. Segundo, não houve sobrepreço. Tem gente que não sabe fazer conta. Terceiro, não houve compra alguma. Não há um centavo de dinheiro público que tenha sido dispendido do caixa do Tesouro Nacional ou pelo Ministério da Saúde.”

Na ocasião, Onyx Lorenzoni afirmou que um dos documentos apresentados por Luis Ricardo Miranda seria falso.

Em nota, a Bharat Biotech assumiu a propriedade da Madison e afirmou que “refuta fortemente e nega qualquer tipo de alegação ou implicação de conduta ilegal a respeito do suprimento da Covaxin.”

Andreazza Joseph é um dos muitos potiguares talentosos que estão espalhados pelo mundo, multifacetado, possuindo formação em Direito e Jornalismo, além de atuar como produtor audiovisual na AgênciAzzA. Com sua paixão pela cultura nordestina, ele se destaca como um cordelista e multi-instrumentista. Sua habilidade em diversas áreas o torna uma figura versátil e criativa, trazendo uma perspectiva única para cada matéria que escreve"

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Grupo Equatorial lança promoção ‘Energia em Dia’ e vai distribuir mais de R$ 476 mil em prêmios em Goiás   

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Clientes residenciais que estiverem em dia com a conta de energia poderão concorrer e ter a chance ganhar até R$ 25 mil   
O Grupo Equatorial lançou neste domingo (23), em Goiás, a promoção ‘Energia em Dia’, que sorteia prêmios mensais para os clientes da distribuidora que se mantiverem em dia com as suas contas de energia. Ao todo, serão realizados 15 sorteios ao longo da campanha e o consumidor adimplente terá a chance de ganhar até R$ 25 mil reais.
A edição 2024 da promoção ‘Energia em Dia’ vale para todo o Estado e vai até 31 de maio de 2025. Podem participar os clientes pessoa física, cadastrados como residencial, e que sejam titular da conta. Para concorrer aos prêmios, o cliente precisa estar adimplente, ou seja, com as contas em dia, conhecer todo o regulamento e se cadastrar por meio do hotsite da promoção: https://energiaemdia.equatorialenergia.com.br/.
Dos 15 sorteios realizados durante toda a promoção, 12 deles serão para todos os participantes. Outros três sorteios extras vão premiar um número da sorte gerado para pagamentos via Pix. Os valores sorteados variam entre R$ 150 e R$ 2 mil. Haverá ainda um sorteio final de R$ 25 mil para todos os clientes cadastrados.  Além disso, é possível ganhar prêmios instantâneos de R$ 25 em Voucher Vale Compras.
Os nomes e números da sorte contemplados serão divulgados em até dez dias úteis após a data do sorteio no site da promoção. A principal condição para estar apto a receber os prêmios é não ter nenhuma conta junto à Equatorial Goiás em aberto e vencida antes do dia do sorteio, conforme datas divulgadas no regulamento.
Para o Presidente da Equatorial Goiás, Lener Jayme, a promoção ‘Energia em Dia’ é uma forma de valorizar os clientes que priorizam o pagamento da conta de energia e incentivar a regularização dos que estão em débito. “A campanha reconhece aqueles que se destacam pela responsabilidade e comprometimento, e mais do que prêmios, reforça que os débitos em dia ajudam no fortalecimento da energia em Goiás, viabilizando investimentos e operações mais eficientes”, destaca.
Campanha na mídia 
Para divulgar a promoção, a Equatorial Goiás escalou Dona Déa, que ficou conhecida por conta da personagem Dona Hermínia, interpretada pelo seu filho, Paulo Gustavo, no filme Minha Mãe é uma Peça. Atual jurada do programa Domingão do Huck, Dona Déa vai aparecer nos filmes da campanha na TV, além de anúncios em jornal, cartazes, panfletos, ativações em supermercados e conteúdos nas redes sociais.
Para mais detalhes de como participar da promoção e como turbinar as chances de ganhar vários prêmios, o cliente deve consultar o regulamento no site energiaemdia.equatorialenergia.com.br
Sobre a Equatorial Goiás 
A Equatorial Goiás é uma empresa que pertence à holding Equatorial Energia, 3º maior grupo de distribuição de energia do País, com 7 concessionárias que atendem cerca de 14 milhões de clientes. Somente em Goiás são cerca de 3,5 milhões de clientes, localizados em 237 municípios do Estado e abrangendo 98,7% do território estadual, com cobertura de uma área de 336.871 km².
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