O prefeito Sandro Mabel anunciou a reestruturação do programa Cidade Segura, com o objetivo de agilizar a retirada de fios soltos em postes de Goiânia, um problema que há anos gera transtornos, riscos de acidentes e poluição visual.
A decisão foi firmada em reunião nesta quinta-feira (9/10), no Ministério Público de Goiás, que contou com representantes da Prefeitura, da Equatorial e de empresas de telecomunicações. O encontro resultou na criação de um grupo de trabalho que atuará de forma integrada para organizar a retirada dos fios de forma regionalizada, bairro por bairro, priorizando locais onde a situação é mais crítica.
Segundo o prefeito, Goiânia possui cerca de 75 mil linhas inativas ainda presas aos postes, o que torna urgente uma ação coordenada.
“Vamos iniciar pelos pontos mais perigosos, onde cabos estão soltos e caídos. Com o apoio do Ministério Público e das empresas, tenho certeza de que conseguiremos melhorar muito a paisagem urbana e a segurança da população”, afirmou Mabel.
O presidente da Agência de Regulação de Goiânia (AR), Hudson Novais, ressaltou que a gestão também vai atuar para regularizar empresas clandestinas, impedindo que continuem prestando serviços de forma irregular. Ele explicou que será criada uma lista pública com os nomes das empresas devidamente cadastradas, garantindo mais transparência ao consumidor e valorizando os prestadores que trabalham de maneira legal.
Para a promotora de Justiça Alice Freire, da 8ª Promotoria, a iniciativa vai muito além de estética.
“Os fios soltos representam risco real à população e a ausência de organização aumenta a possibilidade de acidentes. Esse esforço coletivo entre poder público e empresas privadas é essencial para alcançarmos uma Goiânia mais limpa, segura e organizada”, destacou.
A Equatorial, representada pelo gerente de relacionamento André Abrão, reafirmou o compromisso com o projeto, lembrando que a empresa já realizou mais de 50 mil notificações de irregularidades somente na capital.
“Estamos aqui para somar e colaborar dentro de todas as possibilidades da distribuidora. Este é um trabalho que pensa, sobretudo, na população”, disse.
Já a Associação das Empresas Prestadoras de Serviços de Telecomunicação e Internet do Centro-Oeste, representada por Romenig Júnior Antônio de Lima, assegurou que vai elaborar um plano de ação, notificando os provedores regulares sobre fios soltos e levantando informações sobre irregulares para envio à Prefeitura e à Anatel.
Com previsão de início em 20 de outubro, o novo modelo de força-tarefa pretende dar uma resposta rápida a um problema antigo da cidade, alinhando esforços para devolver segurança, organização e qualidade de vida aos goianienses.
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Foto: Alex Malheiros / Secom / JORNAL LOCAL