Pesquisadores da Universidade Estadual de Goiás (UEG) identificaram a presença da bactéria Staphylococcus aureus nas águas do Rio Meia Ponte, principal manancial responsável pelo abastecimento da capital. O estudo teve início em 2020 e contou com coletas realizadas em 2021, revelando a presença de uma cepa considerada superbactéria, resistente a diversos tipos de antibióticos.
De acordo com os especialistas, a Staphylococcus aureus pode provocar infecções graves, incluindo infecção generalizada (sepse), representando um potencial risco à saúde pública caso não haja controle adequado.
Apesar da descoberta, os pesquisadores fazem uma ressalva importante: não é possível afirmar que a superbactéria esteja presente na água tratada distribuída pela Saneago, empresa responsável pelo sistema de abastecimento de Goiânia. Por outro lado, eles destacam que também não se pode descartar completamente a possibilidade.
O estudo acende um alerta sobre a qualidade dos recursos hídricos e a necessidade de monitoramento contínuo, especialmente em um rio que sofre historicamente com poluição urbana, lançamento de esgoto e degradação ambiental.
Até o momento, a Saneago não se pronunciou oficialmente sobre os resultados da pesquisa. Especialistas recomendam atenção às práticas de saneamento e reforçam que a população deve seguir medidas básicas de prevenção, como fervura da água em casos de insegurança no abastecimento e higiene alimentar adequada.
A descoberta reacende o debate sobre a preservação do Rio Meia Ponte e a urgência de políticas públicas mais rigorosas para garantir a qualidade da água consumida por milhões de goianienses.