Brasil registra queda de quase 70% nos casos de dengue nos dois primeiros meses de 2025

Segundo painel de monitoramento do Ministério da Saúde, foram contabilizados 493 mil casos prováveis nas primeiras semanas de 2025 contra 1,6 milhão no mesmo período do ano passado

1. Brasil registra queda de quase 70% nos casos de dengue nos dois primeiros meses de 2025

Visitas técnicas reforçam a vigilância e o controle da doença nos estados e municípios (Foto: Jhonatan Cantarelle/SES-DF)

Nos dois primeiros meses de 2025, o Brasil registrou redução de 69,25% nos casos prováveis de dengue em comparação com o mesmo período de 2024. O levantamento corresponde às semanas epidemiológicas 1 a 9, compreendendo o intervalo de 29 de dezembro de 2024 a 1º de março de 2025. A queda demonstra a efetividade das medidas adotadas pelo Ministério da Saúde, em parceria com estados e municípios, e reforça a necessidade de esforços contínuos para manter a tendência de redução.

De acordo com o painel de monitoramento da pasta, nos primeiros meses deste ano, foram contabilizados 493 mil casos prováveis da doença, 217 óbitos e 477 mortes em investigação. No mesmo período de 2024, o país havia registrado 1,6 milhão de casos prováveis, 1.356 óbitos e 85 em análise.

REGIÕES — A região Sudeste concentra a maior parte dos casos, com 1 milhão de registros em janeiro e fevereiro de 2024 contra 360 mil este ano. O estado registrou 285 mil casos prováveis, mais da metade do total do país, e contabiliza 168 das 217 mortes deste ano.

Comparativo por semanas epidemiológicas 1 a 9:

2024
Brasil: 1.604.611 casos;

Sudeste: 1.061.436 casos (66,14% do total nacional).

2025
Brasil: 493.403 casos;

Sudeste: 360.989 casos (73,16% do total nacional).

ESTRATÉGIAS — Desde a ativação do Centro de Operações de Emergências para Dengue e outras Arboviroses (COE-Dengue), em 8 de janeiro, o Ministério da Saúde intensificou as ações para conter o avanço das arboviroses. Entre as principais estratégias adotadas estão:

FEBRE AMARELA — Além da dengue, o Ministério da Saúde reforça a necessidade de ampliar a cobertura vacinal contra a febre amarela, principal estratégia de prevenção da doença. A intensificação da vigilância epidemiológica é fundamental, especialmente no monitoramento de primatas não humanos com suspeita de febre amarela e na identificação precoce de possíveis casos em humanos. Esse acompanhamento permite antecipar surtos e garantir uma resposta rápida das autoridades de saúde.